Desvendando a controvérsia em torno das flores in natura

Quando falamos de “medicinal”, geralmente pensamos em medicamentos processados, como óleos e pomadas. No entanto, é um equívoco considerar o ato de fumar ou vaporizar a erva apenas como um “uso recreativo”. Na verdade, a cannabis oferece inúmeros benefícios quando inalada, e nosso corpo é capaz de absorvê-los dessa forma.

Uma inalação terapêutica

Ao fumar maconha, a absorção dos compostos medicinais ocorre principalmente pelos pulmões. Quando a fumaça da cannabis é inalada, os canabinoides ativos, como o THC (delta-9-tetra-hidrocanabinol) e o CBD (canabidiol), são rapidamente absorvidos pelos alvéolos pulmonares e entram na corrente sanguínea. Esses compostos, conhecidos como canabinoides, se ligam aos receptores de canabinoides presentes no sistema endocanabinoide do nosso corpo, desempenhando um papel essencial na regulação de diversas funções fisiológicas.

Entendendo o sistema endocanabinoide

O sistema endocanabinoide é um complexo sistema de sinalização presente no corpo humano e em outros mamíferos. Ele desempenha um papel fundamental na regulação de várias funções fisiológicas, como humor, sono, apetite, resposta imunológica, memória, regulação da dor e resposta ao estresse.

Quando há um desequilíbrio ou disfunção nesse sistema, podem surgir diferentes problemas de saúde. É aí que a cannabis e seus compostos ativos, como o THC e o CBD, entram em cena!

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Os canabinoides da cannabis interagem com os receptores do sistema endocanabinoide, auxiliando na regulação e equilíbrio das funções fisiológicas afetadas. A ativação desses receptores pelos canabinoides da maconha pode ter efeitos terapêuticos, como alívio da dor, redução da inflamação, melhora do sono, relaxamento muscular e redução da ansiedade.

Quando o fumo é a melhor opção

Existem condições de saúde específicas em que o ato de fumar é o método de consumo mais eficaz, como no tratamento de dores crônicas e insônia. Isso ocorre porque os benefícios são absorvidos de forma mais rápida e intensa pelo organismo.

No entanto, é importante ressaltar a polêmica que envolve esse assunto. O fumo, ao longo do tempo, pode ser prejudicial para os pulmões, e é fundamental adotar medidas de redução de danos a longo prazo, como o uso de piteiras de vidro e bongs.

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A opção ideal: a vaporização

Uma alternativa para o consumo das flores in natura é a utilização de vaporizadores de ervas. Ao vaporizar, a cannabis é aquecida a uma temperatura mais baixa do que quando queimada, resultando na vaporização dos compostos ativos sem a combustão da planta. Isso significa uma redução na exposição a substâncias produzidas pela queima da matéria vegetal, como alcatrão, monóxido de carbono e partículas nocivas.